16 de abril de 2012

Celebração Vocacional – Abril 2012 - As Vocações: dom do amor de Deus

Preparar as leituras e escolher os cantos. Símbolos Vocacionais. Celebração vocacional elaborada a partir da carta do Papa para o 49º dia mundial de oração pelas vocações - 29/04/2012


Canto à escolha


1.  Deus é Amor

A. O tema da mensagem do Papa Bento XVI pelo dia Mundial de oração pelas Vocações recorda-nos que toda vocação é um dom do Deus-Amor (Deus caritas est). Aliás, qualquer dom tem sua fonte em Deus-Amor. Somos amados por Ele antes mesmo de existirmos! Movido exclusivamente por seu amor incondicional, Deus nos “criou do nada” (cf.2Mc7,28) para nos conduzir à plena comunhão com Ele.

T. Aquele que permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele (1Jo 4,16).

A. A Sagrada Escritura narra a história desta relação amorosa entre Deus e a humanidade, que precede a própria criação. São Paulo, escrevendo aos cristãos de Éfeso, eleva um hino de ação de Graças e louvor ao Pai, o qual, com infinita bondade, se dispõe ao longo dos séculos a atuar com o desejo universal de salvação, que é um desejo amoroso.

T.        Em Jesus, Deus “nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor”!(Ef 1,4).

L1.      Cada criatura, em especial cada ser humano, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, imenso amor, fiel, eterno (cf Jr 31,3). Maravilhado diante da obra de Deus, o salmista exclama:

T. “Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artistas; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: ‘Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e de o tratardes com tanto carinho?” (Sl 8,4-5).

L2.      Em uma célebre página das Confissões, Santo Agostinho exprime com grande intensidade a sua descoberta de Deus, sumo bem e sumo amor, um Deus que esteve sempre próximo, a quem finalmente abriu a mente e o coração para ser transformado. O Santo de Hipona procura descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com seu amor, que transforma toda a existência.

L3.      Santo Agostinho escreve: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei”! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava. E eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti aquelas coisas que não seriam se em ti não fossem. Chamaste e clamaste, e rompeste a minha surdez; brilhaste, cintilaste e afastaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume, e eu respirei e suspiro por ti; saboreei-te, e tenho fome e sede; tocaste-me, e inflamei-me no desejo de tua paz”(X,27.38) .

T. O Amor de Deus transforma toda a existência! É um amor sem reservas, gratuito, que nos precede, sustenta e nos chama ao longo da vida.

 Canto – (que fala do amor)

 2.  Chamados para Amar

A. O bem-aventurado João Paulo II afirmava que todo gesto ministerial, especialmente as ações do ministro ordenado, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impulsiona os próprios ministros a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça. Pastor e esposo da Igreja. Trata-se de um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo (Pastores Dabo Vobis, 25).

T. Toda vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do Amor de Deus! É ele quem dá o “primeiro passo”, e não por causa de uma particular bondade encontrada em nós, mas em virtude da presença de seu próprio amor “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5).

L4.      Em qualquer tempo, na origem do chamado divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. “Na história de amor que a Bíblia nos narra, Deus vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos até a última Ceia, até ao Coração traspassado na cruz, até as aparições do ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente  veio  e vem ao nosso encontro, através de homens pelos quais ele se revela; através da sua Palavra, nos sacramentos, especialmente na Eucaristia”(Deus caritas est, 17). 

T. O amor de Deus permanece para sempre, é fiel a si próprio, é “Palavra eterna” (cf. Sl 105,8).

L2.      Precisamos, portanto, voltar a anunciar, especialmente às novas gerações, a beleza convidativa deste amor divino, que nos precede e acompanha: é algo que não falta, inclusive nas circunstâncias mais difíceis. A este amor devemos abrir a nossa vida. E é a perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5,48) que nos chama Jesus Cristo todo dia!

T. A medida perfeita da vida cristã consiste em amar como Deus ama. Um amor que se manifesta no dom total de si, fiel e fecundo.

 Canto a escolha

 3.  Amor a Deus e ao Próximo

A. São João da Cruz, em resposta a uma superiora do Mosteiro de Segóvia (Espanha), penalizada pela dramática situação de suspensão em que ele se encontrava naqueles anos, convidou-a a agir segundo a vontade de Deus: “Não pense em nada a não ser que tudo é disposto por Deus; e onde não tem amor, coloque amor e recolherá amor”.

L1.      É na abertura ao amor divino que nascem e crescem as vocações. Tocados pela Palavra e pelos Sacramentos, em particular, pela Eucaristia, torna-se possível viver o amor ao próximo, pelo qual se aprende a ver o rosto de Cristo (cf. Mt 25,31-46).

L2.      Para exprimir o vínculo inseparável entre os dois amores – a Deus e ao próximo – decorrentes da mesma fonte divina e a esta orientada, o Papa São Gregório Magno utiliza o exemplo de uma planta. No terreno de nosso coração, Deus plantou a semente do amor, para amar primeiramente a Ele e, depois, já desenvolvida e com raízes, o amor fraterno.

L3.      Estas duas expressões de um único amor divino devem ser vividas com particular intensidade e pureza de coração por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em vista do ministério sacerdotal e da vida consagrada.

L4.      O amor de Deus, do qual os presbíteros e os religiosos tornam-se imagens visíveis - mesmo que sempre imperfeitas - é motivação da resposta ao chamado específico à consagração ao Senhor, através da ordenação presbiteral ou profissão dos Conselhos Evangélicos.

L2. O vigor da reposta de São Pedro ao divino Mestre: “Tu sabes que te amo” (Jo21,15), é o segredo de uma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, cheia de profunda alegria.

T. A expressão concreta do amor ao próximo, sobretudo ao mais necessitado e excluído, é a motivação principal que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um motivador da comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança.

A. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se também parte fundamental de seu horizonte afetivo. A este respeito, o Santo Cura D’Ars amava repetir: “O padre não é padre para si; o é para vós” (Le curé d”Ars. As pensée – foi vivante, 1966,pg 100).

4.  Preces

A. Palavra de Deus, Oração e Eucaristia são o tesouro precioso para compreender a beleza de uma vida totalmente dedicada ao reino. Dirijamos ao Senhor da messe, Deus Amor, alguns de nossos pedidos .  A cada invocação vamos rezar:
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L3.      Para que os ministros ordenados (bispos, presbíteros, diáconos), as pessoas de vida consagrada e os cristãos leigos e leigas, em especial os animadores pastorais e educadores, estejam sempre muito atentos e possam escutar e acompanhar quantos manifestam sinais de um chamado ao sacerdócio ou a uma especial consagração, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L1.      Para que, na Igreja, em todas as suas instâncias, sejam criadas condições favoráveis ao florescimento de respostas generosas ao chamado de Deus-Amor, e que a pastoral vocacional possa oferecer as orientações para um frutuoso percurso vocacional , rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L4.      Para que os nossos jovens coloquem, no centro de suas vidas, o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma  oração pessoal e comunitária atenta e constante, em vista de sentirem o chamado divino em meio a tantas vozes que preenchem a vida cotidiana, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L3.      Para que a Eucaristia seja o centro vital de todo caminho vocacional, lugar onde o amor de Deus nos toca, onde aprendemos constantemente a viver a medida perfeita do amor de Deus, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L2.      Para que as famílias, “comunidades de vida e de amor” (Gaudium et Spes,48), lugar privilegiado da formação humana e cristã, possam ser, de fato, “o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada ao Reino de Deus”(Familiaris Consortio,53), possibilitem às novas gerações fazer uma maravilhosa experiência do amor divino e demonstrem a beleza e a importância do sacerdócio e da vida religiosa consagrada, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

Canto Final

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