21 de abril de 2012 1 comentários

Famipar realiza 19º Circulo de debates teológico-pastorais

18 de abril de 2012 0 comentários

FORMAÇÃO DE ANIMADORES VOCACIONAIS

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL
Diocese de Foz do Iguaçu

Formação para Animadores Vocacionais das ÁreaS

 Data: 12 de maio de 2012

ÁREA III
Local:  Paróquia São José Operário – Céu Azul

ÁREA II
Local:  Paróquia N. Sra. Da Conceição – Missal

ÁREA I
Local: Paróquia São João Batista – Foz do Iguaçu
(Para as paróquias: São João Batista, Porto Meira, Vila Yolanda, Anunciação do Senhor, São Francisco, Menino Jesus e São Paulo Maracanã)

Local: Capela São José Operário / Catedral N. Sra de Guadalupe – Foz do Iguaçu
(Para as paróquias: Catedral, N. Sra. Da Luz, N.Sra de Fátima, São Pedro, Santa Teresinha, N. Sra. Da Luz e Bom Jesus do Migrante)

Cronograma
Ø  13:45h - Chegada; Acolhida; Lista de Presença; Espiritualidade;
Ø  14:00h:Temática
1.      Subsídios para Animação Vocacional
2.      Dinâmicas e sugestões vocacionais
Ø  16h30: Encerramento

Obs
Ø  Todos os animadores da paróquia estão convidados
Ø  Não terá Custo

 O que trazer? A Bíblia (nossa ferramenta principal); Caderno, Caneta; e o livrinho amarelo da pastoral Vocacional, ou seja o Caderno Vocacional.

 Desde já agradecemos e contamos com a Vossa Presença!
Equipe de Animação Vocacional
 Diocese de Foz do Iguaçu
16 de abril de 2012 0 comentários

CELEBRAÇÃO VOCACIONAL PARA O II DOMINGO DE MAIO DE 2012

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL DA DIOCESE DE FOZ DO IGUAÇU

6º DOMINGO DA PÁSCOA
“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, ASSIM COMO EU VOS AMEI” (Jo 15,12)
 
Animador(a) - Queridos irmãos e irmãs, cheios de alegria pascal nós os acolhemos para celebrar nossa fé no Cristo Ressuscitado e nossa vida de comunidade. Neste 6º Domingo da Páscoa, especialmente marcado pelo amor de Deus que é o fundamento do amor cristão, Jesus comunica o seu amor e nos diz qual é a verdadeira fonte deste amor: Deus Pai. Nossa realização e felicidade dependem da vivência do amor, da fraternidade, da solidariedade, da partilha e da comunhão com Deus e com os irmãos. Amar é nossa identidade, é nossa vocação de cristãos. Celebramos também a vida das mães, que encontram em Maria modelo de doação, de presença silenciosa e amorosa na vida da família. Alegres, iniciemos nossa celebração cantando.
 

Uma MÃE simbolizando todas a mães acende o Círio Pascal enquanto entoa-se o canto abaixo. Canto: Dentro de mim existe uma luz que me mostre por onde deverei andar minha luz é Jesus e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. Que a Luz do Ressuscitado possa conduzir nossas mães na sua missão.
 

Uma Mãe com um coração escrito amor: Neste coração queremos oferecer todas as mães e somos convidados a refletir sobre como vivemos nosso amor? Canto:

A MELHOR ORAÇÃO É AMAR, A MELHOR ORAÇÃO É AMAR.

1. É Jesus quem ensina a melhor oração, a melhor oração é amar.
 

Presidente - É o amor da Trindade que nos reúne como irmãos. Façamos o sinal da nossa fé, cantando.

EM NOME DO PAI, EM NOME DO FILHO, EM NOME DO ESPÍRITO SANTO.

1. Em nome do Pai Criador, em nome do Filho Redentor, em nome do Espírito Consolador, em nome da Trindade, Deus-Amor.

Presidente - O amor do Pai, a luz do Filho e a força do Espírito Santo estejam conosco. BENDITO SEJA DEUS...
 

ATO PENITENCIAL

Presidente - No dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós somos chamados a morrer ao pecado e a ressurgir para uma vida nova. Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai e peçamos perdão. (pausa)

Uma Crianças entra com um cartaz escrito o Mandamento: Horar pai e mãe. Queremos pedir perdão pelas vezes que não vivemos o mandamento sendo ingratos com nossos pais. Pedimos  perdão cantando  

Um Jovem entra com um ramo seco: Somos convidas a olhar para este ramos sem vida e pedir perdão pelas vezes que nos afastamos da fonte de vida que é o próprio Cristo. Pedimos Perdão Cantando

Um jovem entra com a vela apagada: Perdão Senhor pelas vezes que não deixamos nos acender de medo de gastar nossa vida em favor do irmão. Pedimos Perdão cantando.

Presidente - Deus, rico em misericórdia, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos

conduza à vida eterna. AMÉM.

- Senhor, tende piedade de nós. Senhor...

- Cristo, tende piedade de nós. Cristo...

- Senhor, tende piedade de nós. Senhor...

GLÓRIA

LITURGIA DA PALAVRA

Com: A liturgia deste domingo nos orienta a receber com gratidão o amor com que Deus nos ama primeiro, e em repartir este amor com os nossos irmãos e irmãs. Ouçamos.

1ª Leitura: At  10,25-26.34-35.44-48

Sl 97

O SENHOR FEZ CONHECER A SALVAÇÃO E REVELOU SUA JUSTIÇA ÀS NAÇÕES. (bis)

2ª Leitura: 1 Jo  4,7-10

Evangelho: Jo 15,9-17


HOMILIA (reflexão)

“Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês”, assim nos fala Jesus hoje no evangelho. Isto nos faz lembrar a origem divina de todas a vocações na Igreja. Nós fomos chamados e livremente dizemos sim ao chamado de Deus e assumimos nossa missão na construção do Reino. Ninguém, merece um vocação, nós recebemos de graça de nosso Deus. “Tudo é graça, Deus nos Conduz”. Nossa vocação é manifestação do amor de Deus por nós e tem que ser respondida e vivida com amor, pois “todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus”, De fato, Deus chama todas as pessoas para uma vocação e missão.  (Comentário vocacional da agenda Caminhos 2012/ José Iomilton Lisboa de Oliveira, sdv)
O Evangelho emprega nove vezes a palavra amor. É o amor do Pai pelo Filho e do Filho por nós comunicados pelo Espírito Santo. Isso gera relacionamento fraterno e solidário. Mandamento maior; é uma postura dinâmica da vida no cuidado pelo outro. “Se obedecerem aos mandamentos permanecerão no meu amor”. Cumprir os mandamentos é viver um projeto de vida e de liberdade como o Pai manda. Não é um romantismo, mas um serviço de entrega da vida. É permanecer na alegria plena. É esse amor que cuida do mundo para que ele seja sempre novo. É viver o mais profundo da relação humana, a amizade, para que o amor permaneça, e sejamos atendidos pelo Pai. Mas o amor não pode vir de um lado só. Se Deus tanto nos amou em Cristo, nós também devemos corresponder. Ora, Deus não precisa do nosso amor para si. Ele quer que amemos os seus filhos, nossos irmãos. Jesus nos chama de amigos, mas se queremos ser seus amigos de verdade, devemos observar o que Ele nos pede: “que amemos uns aos outros como Ele nos amou”. Tendo como prática pessoal e comunitária o diálogo, a partilha, o acolhimento, a compreensão, o interesse mútuo, a verdade, as boas obras e ações para a construção da paz verdadeira. Que o Espírito Santo de Deus ilumine nossas comunidades, superando todas as divisões para que prevaleça o amor! (Site: http://www.diocesedecolatina.org.br/adm/pdf/diadosenhor_12.pdf)
 

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente - Na certeza de que Deus nos ouve no seu imenso amor, peçamos com espírito filial:

Atendei, Senhor, nossa prece

- Senhor, iluminai a vossa Igreja para que, conduzida pela ação do Espírito Santo, favoreça sempre o diálogo e a vivência do amor fraterno entre as pessoas. Nós vos pedimos.

- Senhor, fortalecei a nós batizados para que possamos viver os mandamentos e assim sermos promotores dos valores cristãos. Nós vos pedimos.

- Senhor, que possamos acolher tua Palavra que é luz para nosso caminhar, e que orientados pela Tua Palavra possamos vivenciar o mandamento do Amor. Nós vos pedimos.

- Senhor, ajudai-nos para que possamos ir ao encontro das pessoas que estão afastadas de nossa comunidade e que também são capazes de se doar para construir um mundo melhor. Nós vos pedimos.

- Senhor, abençoai as nossas mães geradoras e cuidadoras da vida, rezemos. Nós vos pedimos.

Presidente - Ouvi, Senhor, o vosso povo. Que a vossa graça nos conceda sempre aquilo que não podemos obter pelos nossos méritos. Por Cristo, nosso Senhor. AMÉM.

APRESENTAÇÃO DOS DONS (Segue conforme o folheto)

AÇÃO DE GRAÇAS (Pelas Mães, fica a critério de cada comunidade segue algumas sugestões)

 PARA REFLETIR:

"Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
“Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, lhe respondo: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma, é o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, até que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que se casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou: O que já me deixou, até que o reencontre.
(autor desconhecido) (fonte dos textos entre aspas: http://www.loreto.org.br)

Ou

Obrigado, ó Deus, pela mãe que me deste!
sua presença serena inspira-me confiança; seu serviço constante ensina-me a amar; sua vivência simples desperta-me para a fé; seu olhar profundo inspira-me bondade; sua ternura leva-me a acolher; seu semblante tranqüilo fala-me do teu rosto materno, ó Deus!
Neste dia a ela dedicado o Universo inteiro canta, Senhor, as maravilhas que operaste nesta criatura tão bonita: Obra prima de tuas mãos.
Acompanha Senhor, minha mãe nas alegrias e nas lágrimas, nos trabalhos e nas preocupações.
E, quando suas forças diminuírem e a idade avançar, que redobre a minha ternura para que a solidão não a possa alcançar.
Abençoa, ó Deus, minha mãe! Abençoa também todas as mães!

Benção (Pedir para que as mães venham perto do altar para receber a benção solene)

Mãe é aquela que nos deu a vida, que cuidou de nós, que nos gerou por nove meses no ventre, por isso essa grande importância que cada uma de vocês tem para nós.
Uma das maiores expressões de amor para nós católicos é a presença de mãe da Virgem Maria. Quero pedir que Ela, que é a mãe de Deus, aquela que soube na alegria e no sofrimento ser fiel a Ele, possa ajudar as mães a fim de que elas sejam fiéis a Deus assim como Ele foi, permanecendo sempre na presença d’Ele, nas alegrias e nos momentos difíceis.

- Que o Senhor nos dê um coração generoso e capaz de amar. AMÉM.
- Que Jesus Cristo seja sempre nossa fonte de comunhão com o Pai. AMÉM.
- Que o Espírito Santo fortaleça e ilumine nossa caminhada. AMÉM.
- Abençoe-nos o Deus todo-poderoso: PAI E FILHO E ESPÍRITO SANTO. AMÉM.
- Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe na vivência do amor. GRAÇAS A DEUS. ALELUIA!
0 comentários

Celebração Vocacional – Abril 2012 - As Vocações: dom do amor de Deus

Preparar as leituras e escolher os cantos. Símbolos Vocacionais. Celebração vocacional elaborada a partir da carta do Papa para o 49º dia mundial de oração pelas vocações - 29/04/2012


Canto à escolha


1.  Deus é Amor

A. O tema da mensagem do Papa Bento XVI pelo dia Mundial de oração pelas Vocações recorda-nos que toda vocação é um dom do Deus-Amor (Deus caritas est). Aliás, qualquer dom tem sua fonte em Deus-Amor. Somos amados por Ele antes mesmo de existirmos! Movido exclusivamente por seu amor incondicional, Deus nos “criou do nada” (cf.2Mc7,28) para nos conduzir à plena comunhão com Ele.

T. Aquele que permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele (1Jo 4,16).

A. A Sagrada Escritura narra a história desta relação amorosa entre Deus e a humanidade, que precede a própria criação. São Paulo, escrevendo aos cristãos de Éfeso, eleva um hino de ação de Graças e louvor ao Pai, o qual, com infinita bondade, se dispõe ao longo dos séculos a atuar com o desejo universal de salvação, que é um desejo amoroso.

T.        Em Jesus, Deus “nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor”!(Ef 1,4).

L1.      Cada criatura, em especial cada ser humano, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, imenso amor, fiel, eterno (cf Jr 31,3). Maravilhado diante da obra de Deus, o salmista exclama:

T. “Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artistas; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: ‘Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e de o tratardes com tanto carinho?” (Sl 8,4-5).

L2.      Em uma célebre página das Confissões, Santo Agostinho exprime com grande intensidade a sua descoberta de Deus, sumo bem e sumo amor, um Deus que esteve sempre próximo, a quem finalmente abriu a mente e o coração para ser transformado. O Santo de Hipona procura descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com seu amor, que transforma toda a existência.

L3.      Santo Agostinho escreve: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei”! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava. E eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti aquelas coisas que não seriam se em ti não fossem. Chamaste e clamaste, e rompeste a minha surdez; brilhaste, cintilaste e afastaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume, e eu respirei e suspiro por ti; saboreei-te, e tenho fome e sede; tocaste-me, e inflamei-me no desejo de tua paz”(X,27.38) .

T. O Amor de Deus transforma toda a existência! É um amor sem reservas, gratuito, que nos precede, sustenta e nos chama ao longo da vida.

 Canto – (que fala do amor)

 2.  Chamados para Amar

A. O bem-aventurado João Paulo II afirmava que todo gesto ministerial, especialmente as ações do ministro ordenado, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impulsiona os próprios ministros a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça. Pastor e esposo da Igreja. Trata-se de um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo (Pastores Dabo Vobis, 25).

T. Toda vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do Amor de Deus! É ele quem dá o “primeiro passo”, e não por causa de uma particular bondade encontrada em nós, mas em virtude da presença de seu próprio amor “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5).

L4.      Em qualquer tempo, na origem do chamado divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. “Na história de amor que a Bíblia nos narra, Deus vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos até a última Ceia, até ao Coração traspassado na cruz, até as aparições do ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente  veio  e vem ao nosso encontro, através de homens pelos quais ele se revela; através da sua Palavra, nos sacramentos, especialmente na Eucaristia”(Deus caritas est, 17). 

T. O amor de Deus permanece para sempre, é fiel a si próprio, é “Palavra eterna” (cf. Sl 105,8).

L2.      Precisamos, portanto, voltar a anunciar, especialmente às novas gerações, a beleza convidativa deste amor divino, que nos precede e acompanha: é algo que não falta, inclusive nas circunstâncias mais difíceis. A este amor devemos abrir a nossa vida. E é a perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5,48) que nos chama Jesus Cristo todo dia!

T. A medida perfeita da vida cristã consiste em amar como Deus ama. Um amor que se manifesta no dom total de si, fiel e fecundo.

 Canto a escolha

 3.  Amor a Deus e ao Próximo

A. São João da Cruz, em resposta a uma superiora do Mosteiro de Segóvia (Espanha), penalizada pela dramática situação de suspensão em que ele se encontrava naqueles anos, convidou-a a agir segundo a vontade de Deus: “Não pense em nada a não ser que tudo é disposto por Deus; e onde não tem amor, coloque amor e recolherá amor”.

L1.      É na abertura ao amor divino que nascem e crescem as vocações. Tocados pela Palavra e pelos Sacramentos, em particular, pela Eucaristia, torna-se possível viver o amor ao próximo, pelo qual se aprende a ver o rosto de Cristo (cf. Mt 25,31-46).

L2.      Para exprimir o vínculo inseparável entre os dois amores – a Deus e ao próximo – decorrentes da mesma fonte divina e a esta orientada, o Papa São Gregório Magno utiliza o exemplo de uma planta. No terreno de nosso coração, Deus plantou a semente do amor, para amar primeiramente a Ele e, depois, já desenvolvida e com raízes, o amor fraterno.

L3.      Estas duas expressões de um único amor divino devem ser vividas com particular intensidade e pureza de coração por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em vista do ministério sacerdotal e da vida consagrada.

L4.      O amor de Deus, do qual os presbíteros e os religiosos tornam-se imagens visíveis - mesmo que sempre imperfeitas - é motivação da resposta ao chamado específico à consagração ao Senhor, através da ordenação presbiteral ou profissão dos Conselhos Evangélicos.

L2. O vigor da reposta de São Pedro ao divino Mestre: “Tu sabes que te amo” (Jo21,15), é o segredo de uma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, cheia de profunda alegria.

T. A expressão concreta do amor ao próximo, sobretudo ao mais necessitado e excluído, é a motivação principal que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um motivador da comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança.

A. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se também parte fundamental de seu horizonte afetivo. A este respeito, o Santo Cura D’Ars amava repetir: “O padre não é padre para si; o é para vós” (Le curé d”Ars. As pensée – foi vivante, 1966,pg 100).

4.  Preces

A. Palavra de Deus, Oração e Eucaristia são o tesouro precioso para compreender a beleza de uma vida totalmente dedicada ao reino. Dirijamos ao Senhor da messe, Deus Amor, alguns de nossos pedidos .  A cada invocação vamos rezar:
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L3.      Para que os ministros ordenados (bispos, presbíteros, diáconos), as pessoas de vida consagrada e os cristãos leigos e leigas, em especial os animadores pastorais e educadores, estejam sempre muito atentos e possam escutar e acompanhar quantos manifestam sinais de um chamado ao sacerdócio ou a uma especial consagração, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L1.      Para que, na Igreja, em todas as suas instâncias, sejam criadas condições favoráveis ao florescimento de respostas generosas ao chamado de Deus-Amor, e que a pastoral vocacional possa oferecer as orientações para um frutuoso percurso vocacional , rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L4.      Para que os nossos jovens coloquem, no centro de suas vidas, o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma  oração pessoal e comunitária atenta e constante, em vista de sentirem o chamado divino em meio a tantas vozes que preenchem a vida cotidiana, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L3.      Para que a Eucaristia seja o centro vital de todo caminho vocacional, lugar onde o amor de Deus nos toca, onde aprendemos constantemente a viver a medida perfeita do amor de Deus, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

L2.      Para que as famílias, “comunidades de vida e de amor” (Gaudium et Spes,48), lugar privilegiado da formação humana e cristã, possam ser, de fato, “o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada ao Reino de Deus”(Familiaris Consortio,53), possibilitem às novas gerações fazer uma maravilhosa experiência do amor divino e demonstrem a beleza e a importância do sacerdócio e da vida religiosa consagrada, rezemos.
T. Enviai, Senhor, operários e operárias à vossa messe.

Canto Final
11 de abril de 2012 0 comentários

CELEBRAÇÃO VOCACIONAL PARA O 49º Dia Mundial de oração pelas vocações

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL DA DIOCESE DE FOZ DO IGUAÇU
CELEBRAÇÃO VOCACIONAL PARA O 49º Dia Mundial de oração pelas vocações
29 de abril de 2012 - IV Domingo da Páscoa
 
Tema: As vocações, dom do amor de Deus.
Lema: “O Bom Pastor conhece, ama e dá a vida pelas ovelhas”. (cf. Jo 10, 14-15)
ACOLHIDA E MOTIVAÇÃO
·         Ambiente: Preparar o ambiente celebrativo com imagens e símbolos que representem as diversas vocações: sacerdotes, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais, pais e mães, as crianças, jovens e idosos. Também o terço e a bíblia, significando a oração do povo e o chamado que Deus na História da Salvação faz aos vocacionados, e uma imagem ou foto do padroeiro da comunidade. OBS: Esses símbolos podem ser introduzidos na procissão inicial, bem como o Cartaz do Serviço de Animação Vocacional.
·         Envolver o animadores vocacionais, catequistas, catequisandos e animadores de grupos de família na celebração;


Caríssimos irmãos e irmãs, o Tempo Pascal nos motiva intensamente a vivermos a alegria cristã do Senhor ressuscitado. Neste dia em que vivemos o 49º Dia Mundial de oração pelas vocações queremos celebrar a vida como vocação. Chamados por Deus e guiados pelo Cristo Bom Pastor, caminhamos sempre buscando responder sim ao chamado do Mestre, acolhendo com amor e alegria a missão de evangelizar.
A mensagem do para este dia tem como tema: As vocações, dom do amor de Deus. Todos somos vocacionados, amados por Deus, e trazemos conosco a missão de amar. Em sua mensagem Bento XVI nos lembra que: Cada vocação específica nasce da iniciativa divina, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o “primeiro passo”, e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor “derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5, 5). O amor de Deus permanece para sempre. Como vocacionados do Senhor somos convidados a nos configurar ao Cristo Bom Pastor, sendo fieis a ao chamado de Deus, estando dispostos a doar a vida.
Na alegria do Cristo ressuscitado, iniciemos nossa celebração cantando.....
Canto de entrada (Vocacional – a escolha da equipe)
Círio Pascal: Quem acende o círio diz: Bendito sejais, Deus da vida, pela ressurreição de Jesus Cristo e por essa luz, símbolo da presença do ressuscitado e do vosso imenso amor por nós.
Acolhida (por conta do presidente)

Ato Penitencia
Sugestão: providenciar uma pequena fogueira em um local de boa visibilidade para a assembleia.
1. Primeiramente entra um casal com uma faixa (de preferencia uma faixa de papel), trazendo escrita a palavra: OMISSÃO. Ficar de frente para a assembleia, apresentar a faixa fazer o pedido de perdão:
- Pelas vezes que nos omitimos negando nossa vocação como batizados e não demos testemunhos da nossa fé. Pedimos perdão:
T.: Perdoai-nos Senhor da vida
(Depois queimar a faixa na fogueira.)
2. Um jovem e um adulto trazendo uma faixa com a palavra INDIVIDUALISMO. Ficar de frente para a assembleia, apresentar a faixa fazer o pedido de perdão:
- Pelas vezes colocamos o interesse pessoal e a busca do prazer acima da vida comunitária e do amor ao próximo, negando nossa vocação a comunhão fraterna. Pedimos perdão:
T.: Perdoai-nos Senhor da vida
(Depois queimar a faixa na fogueira.)
3. Uma pessoa representando aspecto depressivo, com uma faixa que traz escrito a palavra ILUSÃO. Ficar de frente para a assembleia, apresentar a faixa fazer o pedido de perdão:
- Pelas vezes que deixamos as ilusões impostas pelo mundo, dinheiro, fama, poder e ídolos midiáticos, serem os senhores de nossa vida, nos afastando de Cristo e levando a perca do sentido de nossa vocação. Pedimos perdão:
T.: Concedei-nos Senhor o Teu perdão e misericórdia
(Depois queimar a faixa na fogueira.)
Conclusão: por conta do presidente.
Hino de Louvor: motivação por conta do presidente.
ORAÇÃO DO DIA
LITURGIA DA PALAVRA
Deus nos criou para sermos vocacionados no amor. Através de seu Filho muito amado, o Cristo Bom Pastor, somos guiados por caminhos seguros, pois ele conhece a cada um de nós. É para este amor que devemos abrir a nossa vida, pois a cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai.
I Leitura – Atos 4,8-12
Salmo – 117 (118)
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular. 
II Leitura – 1Jo 3,1-2
Aclamação ao Evangelho (canto a escolha da equipe)
(Sugestão – Após o Evangelho pode-se fazer uma encenação buscando adaptar para o contexto contemporâneo – os pastores, as ovelhas, os lobos e os desafios atuais das pessoas).
Evangelho – João 10, 11-18  
Homilia...
(Segue no final desse documento, textos como subsídio para auxiliar na reflexão da liturgia).
PRECES
Presidente: O Deus da vida nos chama a segui-lo, queremos estar bem atentos a sua voz e sempre dispostos a dizer sim. Nesta disposição de servir ao Senhor digamos juntos.
Todos: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
1.  Diante das seduções do mal:
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
2.  Diante do descaso com os necessitados:
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
3.  Na hora do medo de dizer sim a Deus
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
4.  Na tentação de omitir os dons diante do compromisso de ser um animador vocacional:
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
5.  Diante da campanha da desvalorização do matrimônio e relativização dos valores:
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
6.    No desafio de incentivar e promover novas vocações sacerdotais e religiosas para a Igreja:
T: Fortalecei, Senhor, a minha vocação.
Presidente: Rezemos juntos rogando a Deus pelas vocações:
Todos: Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e Segue-me”.
Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir Tua voz.
Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossa comunidade para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos Bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.
Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria Mãe da Igreja e modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim. Amém.
(Obs. De preferencia que se distribua para a assembleia as orações pelas vocações confeccionadas pela Pastoral Vocacional da Diocese; pode-se também projetar a oração).
APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS
Dirigente: Cristo é o Bom Pastor que deu vida por suas ovelhas. Gratos pela redenção que nos alcança nesta entrega, vamos bendizer a Deus por nossa vocação, apresentando nossa vida juntamente com o pão e o vinho. Cantemos (Canto vocacional a escolha da equipe).
Segue conforme segundo a liturgia do dia...
COMUNHÃO (Canto Vocacional a escolha da equipe)
AÇÃO DE GRAÇAS
Oração do Bom Pastor
Vem, Senhor Jesus, procura o Teu servo, a tua ovelha cansada!
Vem, Pastor, procura  a ovelha desanimada!
Há tanto tempo que estou esperando a tua vinda!
Vem, Pastor, com o Teu amor. Com Teu espírito de doçura procura-me, porque eu procuro a Ti!
Procura-me, encontra-me e coloca-me sobre os Teus ombros e leva-me contigo!
Tu, Pastor, podes encontrar aquele que procuras.  Tu aceitas carregá-lo nos Teus ombros aquele que encontrastes. Não Te incomoda o amado peso!
Pastor Divino, em Tuas mãos me encontro seguro, tranqüilo e em paz!
Pastor Divino, carrega-me sobre a Tua cruz, pois somente aí se encontra a salvação, a vida plena!
Amém.
IMPORTANTE: Convidar os jovens: que já estão na 8ª série, ou 9º ano do colégio, ou que já estão cursando o ensino médio ou aqueles que já finalizaram o 2º grau e que sentem o desejo de conhecer a vocação sacerdotal para o encontro vocacional dias 19 e 20 de Maio no Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira. Tel 45 3264-3088/ 88021719/ 88033433 – Av 24 de outubro 450, Br 277 saída para Cascavel – Medianeira.
0 comentários

Subsídios para auxiliar na reflexão da liturgia

49º Dia Mundial de oração pelas vocações
29 de abril de 2012 - IV Domingo da Páscoa

1. Síntese da Mensagem do Papa Bento XVI
(conferir postagens anteriores)


2. A Vocação Sacerdotal
Desde o Antigo Testamento, Deus nunca deixou de providenciar líderes a seu povo, revestindo-os com Sua força e constituindo alguns como Sacerdotes. Assim aconteceu com Aarão e seus filhos.
Esse sacerdócio era uma prefiguração do Sacerdócio definitivo na Nova Aliança realizada no Sangue de Cristo. Nela, Jesus é o Único e Eterno Sacerdote que se oferece ao Pai de uma vez por todas pela salvação. Cristo escolhe bondosamente homens que tomem parte no Seu Sacerdócio. Os primeiros escolhidos foram os Doze Apóstolos que pela imposição das mãos, comunicaram esse sublime mistério a seus sucessores, de modo que a mesma graça concedida a eles continuasse sempre presente na Igreja. “O Sacerdote é considerado o homem de Deus. É um ser Humano que emprega a vida para dar culto a Deus, buscar a Deus, estudar Deus, conversar com Deus, falar em Deus, sentir Deus. É o homem religioso; é o homem sagrado. É o intermediário entre Deus e os homens; é a ponte: representa Deus aos olhos dos homens e os homens aos olhos de Deus” (Paulo VI).
O Sacerdote é a presença viva de Cristo na Igreja. Ele age “na presença de Cristo”, ou seja, através dele, Cristo continua a santificar, governar e ensinar seus fiéis a se entregar ao Pai, tomando presente no “hoje” da história seu Sacrifício Redentor.
Mesmo revestido de tão Grande dignidade, o Sacerdote é uma pessoa humana como as outras, sujeito a falhas e imperfeições. Aí se percebe que o Sacerdócio não é merecimento de ninguém, mas piro Dom definitivo. Manifesta-se assim a grandiosidade do poder de Deus, pois todo o bem realizado pelo sacerdote não vem dele próprio, e sim do Senhor.
O sacerdócio é, pois, dom e mistério, como nos dizia o Papa João Paulo II. Dom imerecido por quem quer que seja devido ao mistério que o envolve: um simples homem ser o representante de Deus Altíssimo e agir com Sua autoridade, a ponto de Cristo declarar. “Quem vos recebe, a mim recebe” (Mt 10,40).
Como chamou os Apóstolos, Jesus continuou a chamar outros durante toda a história da Igreja para que fossem “pescadores de Homens” (cf. Mc 1,17) e ainda na atualidade não Se cansa de dirigir Seu suave, e ao mesmo tempo, forte convite: “Vem e segue-me”. Ele chama aqueles que Ele quer (cf. Mc 3,13). Mas dos que chama espera sempre uma resposta. Muitos dizem sim como Maria, os primeiros discípulos, os Santos; outros, infelizmente, obstinam-se em se negar ao Serviço do Senhor.
Caríssimos amigos, Jesus continua a chamar, você tem coragem de segui-lo radicalmente, doar a vida e ser feliz. É uma grande e desafiadora missão. Contudo, o que importa é confiar em Deus e fazer como os primeiros Apóstolos que “... imediatamente deixando as redes, o seguiram” (Mc 1,18).


3. As chamadas do Bom Pastor
Por: Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes

Que estremecimento produz esta expressão na boca de uma pessoa jovem: "Aqui estou, Senhor, tu me tens chamado". Encontramos-nos com alguém que afirma com determinação que tem escutado a voz de Deus, a voz de Jesus. 
Que estremecimento produz ver como os chamados não são só homens, mais também mulheres! Elas, quando se apresentam ante ao altar o fazem com humildade, porém também com uma impressionante dignidade e contundência: "Tu me tens chamado!”. Porém também casais que podem dizer: “Tu nos tem chamado!”
Estas chamadas não se iniciaram agora, em nosso tempo. A emoção é descobrir a sucessão. As mulheres e homens "chamados por Deus" sucedem a uma longa lista de “escolhidos” e “escolhidas”: já o fez Jesus, quando vivia ente nos! Um amigo exegeta me fez notar em uma ocasião o seguinte: Se surpreendente é que Jesus chamara alguns jovens a deixar tudo e segui-lo (dentro do contexto patriarcal, própria daquela cultura), mais surpreendente e revolucionário foi que chamou para segui-Lo algumas mulheres (Lucas 8). Elas o seguiram até onde os discípulos homens não foram capazes: até a cruz! 
É surpreendente que as "chamadas de Jesus" não eram dirigidas majoritariamente a homens ou mulheres solteiros: mais sobre tudo aos casados (Pedro, Joana – mulher de Cusa -)! Também hoje Jesus ressuscitado segue chamando. Interrompe a história de não poucas pessoas para lhes propor um novo projeto, para fazê-los “cúmplices” do Espírito na missão transformadora.
As chamadas de Jesus criam uma rede admirável. Trata-se de uma convocatória sem discriminações: quem tem um projeto de casal e a quem se descobre com o carisma do celibato, quem segue fascinado pelo mundo do espírito e quem sua fascinação lhes faz empreender um projeto de criação e procriação, de política e trabalho, de transformação.
Orar pelas vocações é orar por uma Igreja de convocadas e convocados. Orar para que nenhum batizado deixe de descobrir sua chamada; para que os casais descubram sua dual vocação cristã e para que ninguém se case sem vocação. Orar para que o Espírito suscite personagens proféticos que dediquem sua vida e seus dons ao serviço da comunidade cristã no ministério ou na animação espiritual e evangélica.
Nós lamentamos da falta de vocações. E até suspeitamos que a culpa esteja na falta de generosidade das novas gerações, no materialismo ambiental, na sedução que sobre eles e elas exerce esta sociedade secularizada. Não nos atrevemos a formular a pergunta teológica: porque Deus, o que tudo pode, não chama “eficazmente”? Por que não derruba do cavalo a tantos “saulos” com os quais poderia contar?
 Eu me recuso a crer que nosso Deus, que é o Senhor ressuscitado, não chame. Ele é o bom Pastor que faz ouvir sua voz. E suas ovelhas “ouvem sua voz”. O Abbá as pos em suas mãos, e o Maligno não as arrebatara de suas mãos. O Bom Pastor seduz suas ovelhas, as que o Abbá lhe tem dado. Não tem somente um rebanho masculino, mais também feminino. A elas e a eles lhes dirige a eficaz e provocadora chamada. Outra questão é em que âmbitos se resume essa voz e em que espaço pode cumprir a chamada que a obedecem.
O que chama é criador e inovador. Não se sente obrigado a fazer “o de sempre”. Hoje chama de "forma diferente". Quem colabora em servir com o dom da chamada tem de reconhecer que a chamada de hoje é mais inclusiva, mais globalizada, menos unidirecional. A Igreja do futuro será o que o acontecer vocacional determine. E então os servidores institucionais deverão deixar que a imaginação criadora e inovadora lhe sugira um novo modo de configuração eclesial, comunitária, da congregação ou de institucionalização.
Também me impressiona, na segunda leitura deste domingo a afirmação: O Cordeiro pastoreará! É como se dissesse: a entrega até a morte, seu sacrifício - como cordeiro levado ao matadouro - habilitaram Jesus para a sua tarefa pastoral. Antes de Pastor tinha sido Cordeiro imolado. Sentiu sobre si mesmo a violência, a marginalização. Jesus se aproxima do Trono de Deus depois do Grande Sacrifício. E desde lá dirige a história e chama a humanidade para que se encaminhe até a nova Jerusalém, a nova terra e os céus novos.
A entrega da vida sem reservas, configuram a liderança de Jesus. A relação com suas ovelhas é marcada por uma relação íntima de chamada e resposta:"Minhas ovelhas escutam minha voz, e eu as conheço, e eles me seguem, e eu lhes dou a vida eterna". Ninguém seguirá Jesus como personagem anônimo, como um número dentro da massa. Jesus se segue por “designação pessoal”, por chamada inequívoca. Porque Jesus conta com todos e com cada um: “sorrindo disse meu nome”.
A vocação é um convite para entrar na Vida, receber Vida inesgotável. Jesus é a fonte da Vida. As chamadas do Pastor não são ameaçadoras; não são alternativas tremendistas. Ele não ameaçam o inferno. Seduz e promete a quem dirige sua voz que "não perecerão para sempre!” e lhes assegura a perseverança: "ninguém poderá as arrebatar de sua mão". A chamada de Jesus nunca terminará no fracasso: Jesus identifica sua mão poderosa, com a mão de Deus Abbá. Ninguém, nada poderá arrebatar de sua mão a quem Ele chamou. Dentro deste contexto de esperança fica sempre uma incógnita simbolizada na figura de Judas: o filho da perdição! Tipifiquemos em três chamadas a voz do bom Pastor hoje:
A chamada para participar no "ministério pastoral" de Jesus é sublime. É dirigida a muitas pessoas e de muitas formas. Gera uma grande comunidade de participantes. Exige um imenso cuidado para que nada suplante o Pastor, nem ofusque sua presença, nem silencie sua palavra, nem se apodere de “suas” ovelhas. Mostra todo seu esplendor na humilde Presença permanente de Jesus em sua Igreja. Não esqueçamos que se pastoreiam as ovelhas do Senhor, convertendo-se como o Senhor em cordeiro imolado.
A chamada dual para tantos casais que Jesus, o Bom Pastor, necessita para iluminar o amor no mundo e acrescentar constantemente a humanidade e cuidar como um pai e uma mãe. A tarefa pastoral de Deus também acontece na família. Lá também a chamada para ser cordeiro e pastor ou se faz presente.
Também as chamadas para procurar e cuidar junto ao Bom Pastor das ovelhas perdidas, as que não fazem parte do redil, aquelas a quem a morte, o Maligno ameaça e tem em sua mão. Quem escuta esta voz se tornam mulheres e homens limítrofes. Localizam-se ali onde há dor, marginalização, pobreza, distância, exclusão. Levam “longe” os cuidados do bom Pastor, o fazem presente para curar, para atrair e conduzir de novo ao redil.
suscitem nelas o interesse por escutar a voz do Pastor e a chamada que lhes dirige. Não necessitam talvez de teorias sobre as vocações na Igreja. Somente relatos reais que comovam sua sensibilidade, que exerçam o atrativo por algo irresistível que vem de Deus: relatos de casais, relatos de ministros ordenados, relatos de pessoas e grupos carismáticos. É necessário contar de novo a história de Jesus e de seus primeiros discípulos e discípulas, porém com mais encanto, com menos dogmatismo; com mais paixão e com menos rigorismo; com mais utopia e com menos realismo. Quando o Bom Pastor faz ouvir sua voz, quem poderá resistir? Bem-aventurados seus porta-vozes.
 
;