11 de abril de 2012

Síntese da Mensagem do Papa Bento XVI

49º Dia Mundial de oração pelas vocações
29 de abril de 2012 - IV Domingo da Páscoa

A mensagem do Para Bento XVI para o 49º dia Mundial de oração pelas vacações tem por tema: As vocações, dom do amor de Deus.
O papa inicia lembrando que a fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). Fomos amados por Deus, ainda “antes” de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, “criou-nos do nada” (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo. Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus.
Cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o “primeiro passo”, e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5). O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8).
Continuando sua reflexão, Bento XVI cita o Evangelista Mateus, afirmando é para este amor que devemos abrir a nossa vida, pois a cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Para vivermos o amor conforme a vontade do Pai, necessitamos aceitar e agir segundo a ligação indivisível entre “dois amores”, o amor a Deus e o amor ao próximo, que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam. Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante.
O amor ao próximo, que no âmbito do mistério da encarnação de Deus e da redenção humana é critério fundamental do verdadeiro amor a Deus, sobretudo no que se refere às pessoas mais necessitadas e atribuladas, é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. Quanto a esta questão o para cita  o Santo Cura d’Ars, que dizia: “O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós” [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed.  Foi Vivante - 1966), p. 100].
Seguindo sua reflexão Bento XVI se dirige diretamente à Igreja Povo de Deus com as seguintes palavras: “Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais de uma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração. É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos “sins”, respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus”. E mais adiante lembra que é tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Bento XVI acentua o seu desejo de que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem “lugar” de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e as jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso.
 Quanto às famílias, o papa recorda que elas são o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas que devem ir mais além, e citando a Exortação Apostólica  Familiaris consortio n. 53, e recorda que elas podem também constituir “o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus”.
Por fim Bento XVI motiva os fiéis com as seguintes palavras: “Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel”.

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